S. Gimmignano
Em S. Gimmignano, cidade de origens medievais, surpreende o enorme número de torres que se elevam, finas mas altivas, sobre os telhados das casas.
Procurada uma explicação para o fenómeno, esclareceram-nos que, Nos finais da Idade Média, foram mandadas construir pelos ricos comerciantes locais.
Cada um tentava, ao despique, construir uma torre mais alta que a dos seus conterrâneos mostrando ,deste modo, a sua supremacia e maior riqueza em relação aos outros.
S. Gimmignano é uma lição tremenda acerca da espécie humana, do seu egoísmo, autismo e vaidade e da relação que estabelece com os bens materiais.
A riqueza, a pobreza e o poder: ainda que a pobreza possa ser absoluta, a riqueza é sempre relativa.
A riqueza não nos importa só pelo acesso que nos proporciona a melhores bens, mas por algo mais profundo e socialmente significativo: a busca do prestígio e do poder a que dá acesso.
Assim, parece que o que realmente interessa não é ter mais, mas sim ter mais que os demais.
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30 de Junho de 2005
2 Comments:
Imagino que tal competição permitiu que não houvesse desemprego na altura, e que o crescimento económico terá sido apreciável, malgrado não se ter reflectivo no desenvolvimento (digo eu).
Um beijo
Daniel
o desenvolvimento , ao contrário do crescimento, vem de dentro para fora (aqui ambos estamos a navegar em águas conhecidas).A competição das torres foi certamente como observaste: só crescimento.Cresceram as torres rumo aos céus mas reflectindo almas humanas muito rasteiras e pouco desenvolvidas.
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