sábado, janeiro 06, 2007

As moscas


Há insecto mais incomodativo que uma mosca e menos merecedor de compaixão na hora do extermínio? Não!
Uma barata, por exemplo, remete para histórias infantis da carochinha ou, pelo contrário, para as profundezas de Kafka. Além disso, apesar do aspecto repugnante, consegue admiração pois em caso de guerra núclear será o único ser vivo a sobreviver.(Isto será verdade?) Provavelmente não. Mas que me impressionou quando li o artigo sobre a resistência extraordinária das baratas, não restam dúvidas e, ainda hoje, não tendo entretanto averiguado da veracidade dos factos, me metaforicamente curvo perante este insecto tão mal compreendido.
Mas as moscas...não há nada que abone em seu favor. São verdadeiramente nojentas.
Nos países nórdicos e da Europa Central são substituidas por laboriosas abelhas que, apesar de nos picarem de vez em quando, são facilmente perdoadas quando saboreamos o doce mel que produzem nos intervalos das zunidelas.
Às vezes dava comigo a pensar que, nesses países em que os índices de produtividade são mais elevados até os insectos contribuem para os valores dos ratios . Será por acaso que eles têem abelhas e nós , moscas?
Ok, também temos abelhas .
Algumas, resistentes, ficaram por cá.

Mas mais nojentos, muito mais nojentos que moscas são os acólitos dos políticos.
Ninguém imagina como me revolta as entranhas ver na televisão um político a falar , quando entrevistado pela comunicação social em qualquer evento , e, por detrás e dos lados, os sorrisos alarves e estúpidos dos idiotas graxistas que o rodeiam , formando uma moldura de boçalidade. E quando abanam a cabeça , em sinal de concordância plena? É o extase!
São mais nojentos, muito mais, que as moscas.
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