Sou só mais uma a escrever sobre o amor
Penso, por vezes, que afinal o amor pode não ser grande coisa. Nasce do medo da morte, cria dependências, tiraniza a vontade, gera meandros em trilhos que julgávamos indeléveis.
O amor pode não ser grande coisa: à sua volta, como satélites, gravitam emoções negativas e sentimentos menos nobres. São desesperos, ciúmes, inseguranças e mostram-nos como somos frágeis.
E quando termina é um vazio, uma montanha oca, um mar chão. Acaba-se a vida.
É, por isso, cruel e tirano, tem tiques de ditador e diverte-se a digladiar o tempo.
Às vezes unem-se, os dois, contra nós. Esmagam-nos, torturam-nos, transformam-nos em fantoches.
E nós, submissos, continuamos a procurá-lo, a cantá-lo, a querê-lo.
Amamo-lo e perdoamos "o mal que faz pelo bem que sabe". Somos um paradoxo e o amor, outro.
i
6 Comments:
...a natureza e a sorte do Homem: esconjurar a partilha e o companheirismo bi-face, como Jano, até que a dado passo do calendário da vida ter o dom de acertar… Felizes os que acertam à primeira; pacientes os penitentes que têm de tocar várias árvores até encontrar o abrigo que os aguarda desde sempre e para sempre…
Obrigado I…
"(ºoª)"
Boa dissertação.
Concordo com ela. E a linha que separa o amor do ódio é tão ténue...
Bj
E a linha que separa o amor é tão ténue, não achas?
Boa dissertação esta.
Bj.
PCat
Sabes, Desisti de procurar saber o que é o amor...
Abraço que andas fugida...
Por si uma indefinição...
Olá I,
dado o teu silêncio, passei e deixo os votos para que tudo se concretize neste Natal de acordo com os teus desejos. Boas Festas!
Um beijo
"(ºoº)"
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