sábado, agosto 18, 2007

Sou só mais uma a escrever sobre o amor

Penso, por vezes, que afinal o amor pode não ser grande coisa. Nasce do medo da morte, cria dependências, tiraniza a vontade, gera meandros em trilhos que julgávamos indeléveis.O amor pode não ser grande coisa: à sua volta, como satélites, gravitam emoções negativas e sentimentos menos nobres. São desesperos, ciúmes, inseguranças e mostram-nos como somos frágeis.E quando termina é um vazio, uma montanha oca, um mar chão. Acaba-se a vida.É, por isso, cruel e tirano, tem tiques de ditador e diverte-se a digladiar o tempo.Às vezes unem-se, os dois, contra nós. Esmagam-nos, torturam-nos, transformam-nos em fantoches.E nós, submissos, continuamos a procurá-lo, a cantá-lo, a querê-lo.Amamo-lo e perdoamos "o mal que faz pelo bem que sabe". Somos um paradoxo e o amor, outro.
i
2005
2005

2 Comments:

Blogger luí said...

pios é assim , querida, una dulce tortura
besitos

22 agosto, 2007  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Isabel
Somos, efectivamente, paradoxais... mas, mais das vezes, isso é só fruto da carência e dos receios que nos percorrem... no fundo, somos humanos, isto é, não somos deuses.
Um beijo
Daniel

30 agosto, 2007  

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