Não há ninguém...
Não há ninguém à entrada de Novembro.
Vem como se não fora nada.
A porta estava aberta,
entrou sem pisar o chão.
Não olhou o pão, não provou o vinho.
Não desatou o nó cego do frio.
Só na luz das violetas se demora
sorrindo à criança da casa.
Essa boca, esse olhar.Essa mão
de ninguém.vai-se embora,
tem a sua música, o seu rigor, o seu segredo.
Antes porém acaricia a terra.
Como se fora sua mãe.
Eugénio de Andrade
Vem como se não fora nada.
A porta estava aberta,
entrou sem pisar o chão.
Não olhou o pão, não provou o vinho.
Não desatou o nó cego do frio.
Só na luz das violetas se demora
sorrindo à criança da casa.
Essa boca, esse olhar.Essa mão
de ninguém.vai-se embora,
tem a sua música, o seu rigor, o seu segredo.
Antes porém acaricia a terra.
Como se fora sua mãe.
Eugénio de Andrade
3 Comments:
fogo...vou ficar rica...e depois lá se vão as minhas virtudes...
Um tempo que uma poesia não me tocava como essa.
obrigada!
..."fazer dinheiro extra", pode trazer complicações...
Cambada de "falsários"! E gostam de partilhar a "arte"!!
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